Glossário do Mangue
AFROCIBERDELIA
Bráulio Tavares em http://somakaos.blogspot.com/2007/03/afrociberdelia.html
(Extraído da ENCICLOPÉDIA GALÁCTICA, volume LXVII, edição de 2102).
AFROCIBERDELIA (de África + Cibernética + Psicodelismo) – s.f. – A arte de cartografar a Memória Prima genética (o que no século XX era chamado “o inconsciente coletivo”) através de estímulos eletroquímicos, automatismos verbais e intensa movimentação corporal ao som de música binária.
(Extraído da ENCICLOPÉDIA GALÁCTICA, volume LXVII, edição de 2102).
AFROCIBERDELIA (de África + Cibernética + Psicodelismo) – s.f. – A arte de cartografar a Memória Prima genética (o que no século XX era chamado “o inconsciente coletivo”) através de estímulos eletroquímicos, automatismos verbais e intensa movimentação corporal ao som de música binária.
Praticada informalmente por tribos de jovens urbanos durante a segunda metade do século XX, somente a partir de 2030 foi oficialmente aceita como disciplina científica, juntamente com a telepatia, a pata física e a psicanálise.
Para a teoria afrociberdélica, a humanidade é um vírus benigno no software da natureza, e pode ser comparada a uma Árvore cujas raízes são os códigos do DNA humano (que tiveram origem na África), cujos galhos são as ramificações digitais-informáticas-eletrônicas (a Cibernética) e cujos frutos provocam estados alterados de consciência (o Psicodelismo).
No jargão das gangs e na gíria das ruas, o termo “afrociberdelia” é usado de modo mais informal:
a) Mistura criativa de elementos tribais e high-tech:
“Pode-se dizer que o romance The Embedding, de Ian Watson, é um precursor de ficção-científica afrociberdélica”.
b) Zona, bagunça em alto-astral, bundalelê festivo:
“A festa estava marcada pra começar as dez, mas só rolou afrociberdelia lá por volta das duas horas da manhã”.
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No jargão das gangs e na gíria das ruas, o termo “afrociberdelia” é usado de modo mais informal:
a) Mistura criativa de elementos tribais e high-tech:
“Pode-se dizer que o romance The Embedding, de Ian Watson, é um precursor de ficção-científica afrociberdélica”.
b) Zona, bagunça em alto-astral, bundalelê festivo:
“A festa estava marcada pra começar as dez, mas só rolou afrociberdelia lá por volta das duas horas da manhã”.
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Para saber mais, assista ou
leia em várias graduações...
Dose leve: “Depois de descer até o “Sul Maravilha”, Chico Science & Nação Zumbi sonharam com travessias mais audaciosas. Os caranguejos com cérebro vislumbraram exportar o mangue beat de uma cosmopolita Recife para os ouvidos espantados do Velho Mundo”
- reportagem de Luciano Marsiclia na revista Superinteressante
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Dose mediana: “Baseada na tese "Chico Science & Nação Zumbi: um estudo sobre o hibridismo e as relações entre música popular, mídia e cultura", a reportagem reune músicos e estudiosos do assunto para contar a história do manguebeat a partir da trajetória de um dos maiores grupos de Recife.”
- vídeo de Chris Almeida mostrando o hibridismo de nossa cultura, esse nosso jeito misturalista de ser. Disponível em http://vimeo.com/5700192
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Dose dupla: “Do caranguejo globalizado ao Maracatu Atômico, o Projeto Mangue buscou a universalização de nossas raízes...”
- NETO, Moises. Chico Science, a rapsódia Afrociberdética. Recife, 2001: Edições ilusionistas. Disponível em http://www.moisesneto.com.br/arapsodiaafrociberdelica.pdf
Nesse texto encontrei uma frase linda do Chico Science que queria ter colocado ela na minha dissertação. Fala da esperança, não aquela de “quem espera sempre alcança/ três vez salve a esperança”, que nos move, nos mostra possibilidades e então
A esperança é quando a dor presente nos faz tentar outra vez.
A possibilidade é o movimento do mundo, diz e-Boa...
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Só diversão...
Baixe o CD Chico Science e Nação Zumbi – Afrociberdélia
Afrociberdelia é o segundo álbum estúdio da banda lançado em 1996.
VEJA
Trecho final do programa Ensaio com Chico Science & Nação Zumbi, com depoimentos bem lindos dele, destaco dois nesse vídeo:
“Vamos tocar uma música que fala desta miscigenação, desta mistura, de que não importa onde você esteja, em que lugar você está do Brasil, mas o que você tem e o que você gosta , de juntar estas coisas e fazer a sua diversão e fazer disso o seu bem estar: etnia.”
Somos todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia.
Todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia.
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios.
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar.
Costumes, é folclore, é tradição.
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip hop na minha embolada.
É o povo na arte, é arte no povo
E não o povo na arte, de quem faz arte com o povo.
É o povo na arte, é arte no povo
E não o povo na arte, de quem faz arte com o povo.
E não podemos fugir da nossa etnia.
Todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia.
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios.
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar.
Costumes, é folclore, é tradição.
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip hop na minha embolada.
É o povo na arte, é arte no povo
E não o povo na arte, de quem faz arte com o povo.
É o povo na arte, é arte no povo
E não o povo na arte, de quem faz arte com o povo.
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Parabéns, Glória!!
ResponderExcluirBoa sorte.